quinta-feira, 21 de maio de 2009

Relatório do dia 16 de Maio de 2009


*Na foto: Aninha, Izabelli Stik e Puxa, Geise e a mãe de Izabelli, a Sra Stik e Puxa.

Por Geise Coelho

Na escala deste sábado, estava eu, Vanessa e Thiago. Como eu era a que mais tinha feito visitas até então, queria deixar que um deles fizesse a programação e nem me preocupei em deixar um plano B preparado (nunca repitam esse erro).
O primeiro tiro na água foi Thiago não poder ir, o segundo foi um imprevisto de última hora que também impediria a Vanessa de comparecer. Convenci a Aninha a não me deixar sozinha, mas nenhuma das duas tinha noção do que faria. Não havíamos preparado nada, nenhuma idéia nos atraía, as histórias dos livrinhos não pareciam suficientes e até nossos mascotes aparentavam desmotivados.
Estávamos preocupadas. Já havíamos chego no hospital e ainda nos culpávamos por estar sem preparo. Colocamos um nariz de palhaço na nossa mascote macaca, pra ver se o clima melhorava um pouquinho... não resolveu muita coisa, mas ela ficou bonitinha!
Antes de entrar nos quartos, oramos para que o Paizinho nos desse um desconto, que não deixasse de nos usar mesmo que não merecêssemos. Queríamos ser um canal dEle, apesar de toda a nossa inabilidade e incompetência. Tudo era pra Ele, pra obra dEle, reconhecemos que nem sempre tratávamos como tal.
Combinamos que ao invés de fazer a “apresentação” ensaiada e sair, criaríamos vínculo com o paciente, conversaríamos, tentaríamos saber mais de suas vidas, em resumo, estaríamos amando, de verdade! A tarefa do dia foi aprender a Amar!
Conhecemos crianças lindas, não havia muitas, mas muito especiais, interagiram conosco! Imagina, conseguimos até ser naturalmente engraçadas, sem roteiro, sem ensaios, sem script! A graça vinha do vínculo, da naturalidade, do momento. Uma grande experiência!
Moral da história? Não, eu não quero que vocês entendam que não é preciso preparar nada, não se preocupar, PELO AMOR DE DEUS, NÃO É ISSO, ao contrário até, creio que se tivéssemos pensado nisso antes, nos preparado em relação a esse tipo de abordagem, a benção, o resultado seria ainda maior e mais gratificante. Mas é interessante que percebamos que, nós realmente não somos nada, que o resultado não é por causa da nossa obra, mas por estarmos com o coração voltado à Ele, que Ele reconheça isso em nós, que Ele veja qual a real intenção dentro de nós. Ele sabe que somos imperfeitos, orgulhosos, sem graça, (...) mas mesmo assim, Ele é um lindo, misericordioso, que nos usa assim mesmo. Nós somos o lixo, Ele, o artesão da reciclagem!

Ps.: Eu acabei de escrever o texto quando me chega o e-mail da Aninha, com as notas dela sobre o sábado. Que lindo! Tudo só se confirmou ainda mais! Deus é lindo! Segue abaixo as notas da Ana.

“ Na última visita feita ao hospital, no dia 26 do mês de maio alguns e importantes pontos foram por mim observados.

1º Devemos estar 100% ciente do trabalho que estamos fazendo. Consciente de que tudo que viemos a fazer é pra honrar e engrandecer o nome do Senhor, além de que é claro, que todas as nossas palavras e todo o nosso meditar do coração deve agradar a Ele, independente se o que falarmos ou viermos a sentir seja algo engraçado ou sério. Mas não só em palavras, eu pude perceber na prática o quanto isso é sério!!!

2º A preparação do grupo é essencial, estar pronto para qualquer situação é de extrema importância porém, de nada adianta não conseguirmos aplicar aquilo que planejamos ou almejamos. Teatrinho ensaiado, música com coreografia, palavras decoradas serão jogadas ao vento se o nosso coração não estiver sensível a ouvir a voz do Espírito Santo. A partir do momento em que nos comprometemos de todo o nosso ser, com aquilo que o Senhor preparou com todo o carinho, não devemos duvidar das palavras que nos vêm ao lábio.

Entre muito destaco somente esses dois. Mas pudemos desfrutar de segundos (lindos) que até mesmo poderiam passar despercebidos, palavras como: obrigado e amém. Abraços e beijinhos que não foram dados, porém foram vistos através dos olhos ou do sorrir. Fomos chamadas de engraçadas!!! Geramos momentos únicos em nossas próprias vidas... Aprendemos a falar a singela língua do "brum brum" da carreta de um menino de aproximadamente 2 anos...Soubemos um pouco mais da vida de uma mãe... Descobrimos sobrenomes incríveis, inventamos outros...como: stica e puxa!!Isso é incrível!!! Foram momentos... Foram sementes!”


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